PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS PARA OS MODELOS EXPERIMENTAIS DA DOENÇA DE PARKINSON POR ESTEREOTAXIA EM ROEDORES
Résumé
Introdução: A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente, atingindo 1% da população idosa. Suas manifestações clínicas são diversas, incluindo manifestações motoras, cognitivas, sensoriais e autonômicas. A DP é caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos nigroestriatais, concomitantemente com a presença de corpos de Lewy; entretanto, sua etiologia não está completamente elucidada. Tendo em vista a inexistência de tratamento capaz de mitigar completamente o comprometimento funcional imposto pela DP , Metodologia: este artigo busca, por meio de uma revisão sistemática de literatura, avaliar as diferentes neurotoxinas utilizadas na indução laboratorial da DP, descrever seus efeitos em roedores e reconhecer suas semelhanças com os aspectos da patologia em questão Objetivo: com o objetivo de elucidar os mecanismos fisiopatológicos da Doença de Parkinson, e assim, auxiliar pesquisas futuras que permitam a elaboração de terapias promissoras. Discussão: Foram comparadas as 5 neurotoxinas mais utilizadas em modelos animais de indução da doença de Parkinson: (1) Rotenona; (2) Paraquat (1,1’-dimetil-4,4’-bipiridina-dicloreto); (3) Aminocrômio; (4) 6-OHDA (6-hidroxidopamina) e (5) MPTP (metil -4-fenil-1,2,3,6-tetra-hidropiridina) e Conclusão: concluiu-se que embora modelos experimentais de DP repliquem certos aspectos da doença, como sintomas motores, degeneração do nigro-estado e formação de ⍺-sinucleína; eles são incapazes de reproduzir os sintomas cognitivos e a formação dos corpos de Lewy, sendo portanto, insuficientes na reprodução integral dos mecanismos fisiopatológicos e fenotípicos da doença de Parkinson.
Mots-clés
Modelos Animais; Doença de Parkinson
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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365