PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS PARA OS MODELOS EXPERIMENTAIS DA DOENÇA DE PARKINSON POR ESTEREOTAXIA EM ROEDORES

Nicole Tortoro, Lívia Marangoni, Isabella Marson, Luciana Canabarro, Paulo Henrique Pires de Aguiar, Yasin Temel

Resumen


Introdução: A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente, atingindo 1% da população idosa. Suas manifestações clínicas são diversas, incluindo manifestações motoras, cognitivas, sensoriais e autonômicas. A DP é caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos nigroestriatais, concomitantemente com a presença de corpos de Lewy; entretanto, sua etiologia não está completamente elucidada. Tendo em vista a inexistência de tratamento capaz de mitigar completamente o comprometimento funcional imposto pela DP , Metodologia: este artigo busca, por meio de uma revisão sistemática de literatura, avaliar as diferentes neurotoxinas utilizadas na indução laboratorial da DP, descrever seus efeitos em roedores e reconhecer suas semelhanças com os aspectos da patologia em questão Objetivo: com o objetivo de elucidar os mecanismos fisiopatológicos da Doença de Parkinson, e assim, auxiliar pesquisas futuras que permitam a elaboração de terapias promissoras. Discussão: Foram comparadas as 5 neurotoxinas mais utilizadas em modelos animais de indução da doença de Parkinson: (1) Rotenona; (2) Paraquat (1,1’-dimetil-4,4’-bipiridina-dicloreto); (3) Aminocrômio; (4) 6-OHDA (6-hidroxidopamina) e (5) MPTP (metil -4-fenil-1,2,3,6-tetra-hidropiridina) e Conclusão: concluiu-se que embora modelos experimentais de DP repliquem certos aspectos da doença, como sintomas motores, degeneração do nigro-estado e formação de ⍺-sinucleína; eles são incapazes de reproduzir os sintomas cognitivos e a formação dos corpos de Lewy, sendo portanto, insuficientes na reprodução integral dos mecanismos fisiopatológicos e fenotípicos da doença de Parkinson.

Palabras clave


Modelos Animais; Doença de Parkinson

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365