EPENDIMOMA COM RECIDIVA EXTRACEREBRAL INTRAORBITAL: RELATO DE CASO

Marx Lima de Barros Araújo, Benjamim Pessoa Vale, Lívio Pereira de Macêdo, Thiago Moraes Sousa, João Lima Vale

Résumé


Ependimomas são raros tumores neuroepiteliais originados de um tipo de célula glial, chamada célula ependimária. No geral correspondem a cerca 1,2-7,8% de todas as neoplasias intracraniais e 2-6% de todos os gliomas. Embora correspondam apenas 2-3% de todos os tumores cerebrais primários, o ependimoma é a 4ª neoplasia cerebral mais comum em crianças, principalmente nos menores de 3 anos.1,2 Em pacientes com menos de 20 anos, a maioria (90%) dos ependimomas são infratentoriais, mais precisamente, oriundos do IV ventrículo. A despeito disso, nos adultos são mais frequentes (60%) os ependimomas medulares. Nesse contexto, ependimomas supratentoriais e extraventriculares, como do caso relatado, são infrequentes tanto em adultos quanto em crianças.1 Ambos os sexos são afetados igualmente.3 A recorrência de ependimomas intracraniais ocorre em quase 50% dos casos, sendo o resultado de seu seguimento não muito favorável.4 Em outra perspectiva, a recorrência extracerebrais dos ependimomas são extremamente raras, sendo ainda mais incomum o sitio intraorbitário do caso em questão.


Mots-clés


Ependimoma; Célula ependimária; Epenimoma anaplásico; Glioma supratentorial

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365