DERMATITE ATÓPICA E TRANSTORNOS MENTAIS: ASSOCIAÇÃO EM RELAÇÃO À GRAVIDADE DA DOENÇA

Mariana Muzzolon, Mariana Canato, Sandra Baggio Muzzolon, Mônica Nunes Lima, Vânia Oliveira de Carvalho

Resumo


Objetivo: determinar a frequência de risco para Transtornos Mentais em crianças e adolescentes com Dermatite Atópica conforme a gravidade da doença. Métodos: Estudo transversal, de frequência de risco para Transtornos Mentais em pacientes com Dermatite Atópica. Foram incluídos 100 crianças e adolescentes com diagnóstico clínico de Dermatite Atópica com idade entre 1 ano e meio e 14 anos, atendidos em um Hospital Universitário. A gravidade da doença foi avaliada pelos instrumentos Scoring Atopic Dermatitis (SCORAD) e Eczema Area and Severity Index (EASI). A avaliação de risco para Transtornos Mentais foi realizada por meio do Child Behavior Checklist (CBCL). Foram aplicados os testes Qui-quadrado de Pearson com correção de Yates e Exato de Fisher, considerado nível de significância de 5%. Resultados: A frequência total de risco para Transtornos Mentais foi de 63%. Nas crianças e adolescentes com dermatite atópica em grau leve pelo SCORAD e pelo EASI foi de 60,5% e 57,1%, respectivamente. Nos participantes com doença em grau moderado/grave, essa frequência foi de 66,8% (SCORAD) e 72,9% (EASI). Observou-se maior risco para Transtornos Mentais em participantes com Dermatite Atópica moderada/grave em comparação aos com doença em grau leve para as Síndromes “Problemas de Sono” (100% versus 37%; p<0,001) e “Reatividade Emocional” (31,3% versus 3,8%; p=0,02). Conclusão: O risco para Transtornos Mentais foi maior em crianças com Dermatite Atópica moderada/grave em comparação aos com doença leve, principalmente para problemas sono e reatividade emocional.

Palavras-chave


Transtornos Mentais; Dermatite Atópica; Crianças e Adolescentes

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365