USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA JUVENTUDE: ESTUDO DAS POSSÍVEIS RELAÇÕES SOCIAIS VIVENCIADAS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA ASSOCIADAS A ESTE DESFECHO
Resumo
Objetivo: A pesquisa objetiva avaliar quais as possíveis condições associadas ao uso de substâncias psicoativas (SPA) na infância e na adolescência, fatores de risco e proteção, atuação do meio social e familiar e quais desordens psíquicas podem contribuir para este desfecho. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de revisão, com abordagem descritiva. Foram utilizados dezessete artigos, escolhidos de acordo com o objetivo proposto, publicados nos últimos dez anos (entre 2009 e 2019), nas plataformas SciELO e PubMed. Resultados: Sete dos artigos em pesquisa, revelaram que o consumo de substâncias psicoativas pelos filhos está relacionado à naturalidade quanto ao uso, abuso das substâncias pelos pais, mau gerenciamento familiar e episódios de violência doméstica. Três deles relatam que famílias monoparentais e divórcio aumentam o risco do uso de substâncias pelos jovens. Quanto os fatores de proteção, quatro artigos citam que a proximidade com os pais diminui esse risco. Quanto ao meio social, a evasão escolar e as amizades dos jovens são os principais fatores relacionados a iniciação do uso de drogas. Os principais transtornos psiquiátricos relacionados ao possível uso de SPA são: depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção (TDAH) e trauma psíquico. Conclusão:Apesar de os artigos utilizados terem sido elaborados em diferentes locais do mundo, eles convergem entre si, considerando o uso de substâncias como um problema global. Famílias conflituosas, que abusam de substâncias e agem com naturalidade perante seu uso, transtornos psiquiátricos, alta evasão escolar e amizades usuárias são fatores preditores. Boa relação familiar e desenvolvimento escolar, protetores.
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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365