IMPACTO SOCIOECONÔMICO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO ESTADO DE RORAIMA: UM ESTUDO DE COORTE DE BASE HOSPITALAR
Resumo
Introdução: As doenças cerebrovasculares (DCV) são um problema de saúde pública no Brasil. Em Roraima o problema pode ser ainda mais grave, pois não há disponibilidade de tratamento específico de fase aguda capaz de modificar a história natural do acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). Objetivo: avaliar as conseqüências clínicas e socioeconômicas do AVCi em Roraima. Método: Estudo de coorte observacional, descritivo, quantitativo. Cinquenta pacientes adultos foram incluídos de forma consecutiva, ao serem atendidos e diagnosticados com AVCi no Hospital Geral de Roraima no período de 01/01/2016 a 30/06/2016. Os pacientes foram acompanhados durante a internação e reavaliados seis meses após o evento, em situação ambulatorial. Dados sociodemográficos e clínicos foram analisados no estudo como variáveis descritivas e explicativas. Como variáveis desfecho foram consideradas, a situação trabalhista/previdenciária e sequelas funcionais definitivas. Para avaliação da incapacidade funcional definitiva foi utilizada a escala de Rankin modificada Resultados: o AVCi em Roraima possui importante impacto pessoal, gerando incapacidade significativa nos acometidos tratados com terapia de suporte. Não ocorreu diferença estatisticamente significativa quanto ao grau de incapacidade na admissão e seis meses após na reavaliação. Houve um aumento significativo na demanda de benefícios governamentais, associado a um decréscimo significante da renda pessoal e da contribuição na renda familiar, em função do desemprego e aposentadoria. Conclusão: ressalta-se a necessidade e importância de que os gestores em saúde invistam em programas de tratamento que possam impactar de forma modificadora a história natural da doença no estado de Roraima, em virtude do elevado impacto clínico, social e econômico.
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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365