AVANÇOS NA INTERSEÇÃO ENTRE DIABETES TIPO 3, TRATAMENTO METABÓLICO, SINTOMAS NEUROPSIQUIÁTRICOS DE ALZHEIMER E DIAGNÓSTICO POR BIOMARCADORES

Resumo

Nos últimos vinte anos, avanços significativos têm sido feitos na interseção entre diabetes tipo 3 (DM3) e a doença de Alzheimer (DA), especialmente no que diz respeito aos sintomas neuropsiquiátricos, tratamentos metabólicos, diagnósticos por PET cerebral com F-FDG e a compreensão da fisiopatologia da DM3. Os sintomas neuropsiquiátricos da DA, que incluem alterações de comportamento e cognição, estão cada vez mais associados à disfunção metabólica cerebral, exacerbada pela resistência à insulina e inflamação. O tratamento da DM3 tem sido explorado com fármacos anti-diabéticos e anti-inflamatórios, com evidências sugerindo que esses tratamentos podem retardar a progressão da DA, modulando os mecanismos patológicos comuns. A PET cerebral com F-FDG tem se consolidado como uma ferramenta valiosa para avaliar o metabolismo cerebral e identificar padrões característicos de hipometabolismo associados à DA, complementando os biomarcadores do líquido cefalorraquidiano (LCR), como Aβ 1-42, tTau e pTau, que ajudam a confirmar a presença de depósitos amiloides e alterações tauísticas. Além disso, a fisiopatologia da DM3 destaca a disfunção na sinalização da insulina e alterações no metabolismo lipídico, que contribuem para a neurodegeneração, reforçando a necessidade de abordagens terapêuticas integradas que considerem esses mecanismos inter-relacionados. Essas descobertas enfatizam a importância de um diagnóstico precoce e tratamento personalizado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com risco ou diagnóstico de DA.