SELETIVIDADE ALIMENTAR EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Resumen

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) oferece ao paciente uma série de comprometimentos, em especial a socialização, comunicação e o desenvolvimento neuropsicológico. A maioria dos pacientes com TEA, independente do suporte de comprometimento, apresenta seletividade alimentar, impactando negativamente no seu estado nutricional, crescimento e desenvolvimento. Objetivo: Analisar os impactos causados pela seletividade alimentar em crianças com transtorno do espectro autista. Metodologia: Este estudo é de caráter bibliográfico, retrospectivo, elaborado através de informações coletadas a partir de artigos publicados em revistas científicas indexadas, publicados nos últimos 10 anos (de 2014 a 2024). A busca foi realizada usando as palavras-chave: “Seletividade Alimentar” e “Autismo” em português, e “Food Selectivity”, “Picky Eating” o conector “and” ou “in”, e “Autism Spectrum Disorder” em inglês, nos sites: Researh Gate, Public Medical (PubMed), e Google Acadêmico. Foram encontrados inicialmente 16 artigos e após seleção selecionou-se 15 para a escrita final. RESULTADOS: Das análises realizadas, observou-se que a maioria das crianças com Transtorno do Espectro Autista possuía seletividade alimentar, tendo como caracteristicas expressantes os aspectos sensoriais, utilizando os cincos sentindos como marcadores fundamentais, tendo o odor, textura, aparência e temperatura como fatores restritivos. A influência da familia mostrou impacto negativo na recusa alimentar, bem como na escolha. Trouxe os dados epidemiológicos sinalizando o baixo beso, sobrepeso e obesidade como um problema de saúde pública e o trabalho multidisciplinar como aliado na resolução do problema. Conclusão: Em vista da análise apresentada, a seletividade alimentar mostrou importante impacto nutricional para saúde da criança com Transtorno do Espectro Autista, assim como a importância da família, juntamente com uma equipe multidisciplinar para correção da recusa e das desordens alimentares.