REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DOS BIOMARCADORES NO LÍQUOR PARA DOENÇA DE ALZHEIMER

Cibele Emilia Torres Clemente, Roberta Arb Saba Rodrigues Pinto

Resumo


Doenças relacionadas ao envelhecimento estão aumentando significativamente e são motivo de preocupação na saúde pública e individual. Os quadros demenciais fazem parte deste grupo, sendo a Doença de Alzheimer (DA), descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer em 1906,  responsável por mais de 60% dos diagnósticos clínicos de demência em todo o mundo. A caracterização da demência sofreu mudanças no decorrer da evolução da medicina e, atualmente, é descrita como comprometimento progressivo das faculdades intelectuais a ponto de interferir na rotina dos pacientes. Acredita-se que a DA apresenta um pródromo denominado comprometimento cognitivo leve (CCL), que seria alvo importante de diagnóstico precoce, melhorando o manejo, qualidade de vida e prognóstico dos pacientes. Devido grande impacto da DA na vida dos acometidos, familiares e altos gastos para a saúde pública, pesquisadores discutem o uso de biomarcadores para otimizar o diagnóstico desta enfermidade. Ensaios com especificidade entre 80-95% indicam resultados promissores dos biomarcadores liquóricos tau total e fosforilada e peptídeo Aβ42 para diagnóstico de DA e possível evolução do quadro de CCL para DA severa, principalmente quando dosados de forma combinada. Entretanto, o uso deste tipo de abordagem diagnóstica ainda é moderadamente utilizada na prática clínica. 


Palavras-chave


Doença de Alzheimer; Líquido cefalorraquidiano; Biomarcadores

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365